Mensagem de Natal e Ano Novo 2016

 

Eu não pensei que aqueles momentos trariam lembranças e recordações. Acho que nunca pensamos ou imaginamos . Acho que o tempo de Natal não era um tempo diferente em nossa casa. – Uma vila de 20 casas escondida na saida de uma avenida. Não lembro de ter visto em casa uma árvore de Natal. Sómente em lojas, grandes  magazines enfeitando as vitrines. Sempre chamava-me a atenção aquele enfeite que encimava o topo do pinheiro como uma vela prateada. Nossos vizinhos trouxNaquele tempo não havia ceia em casaeram uma vez um pinheiro e foi a primeira vez que vi uma arvore de Natal de perto. Até ajudei-os a subirem a árvore escadaria acima. Havia uma taturana enorme entre os galhos e me queimou o braço franzino e frágil de garoto. Não havia árvores artificiais.

Em casa não havia árvores ou presépios e não sabia porque embora hoje eu saiba. Não havia ceias exunerantes e não lembro nestas ocasiões de ter ouvido falar de tender, chester e estas coisas. No restaurante do Seu Manoel da esquin compravamos umas fatias de pernil e fazimos sanduiches. A casa era silenciosa e como não havia TV papai ligava o radio que tocava músicas natalinas.

Quando anoitecia caminhavamos em direção ao mar e havia poucas pessoas pela rua. Mamãe sempre se esquecia de algo e voltava correndo enquanto seguiamos. Penso que assim o fazia para pegar o presente de Papai Noel e deixa-lo no chão da sala. Aqui agradeço o carinho e o respeito que tiveram por meus sonhos e minhas ilusões naquela época.

Quando o relógio anunciava a meia-noite varios vizinhos e crianças perigrinavam pelas casas  que não havia.de damasco que papai trazia da confeitaria Rosário. Era a única ocasião que ela fazia estas balas. Depois sentavamos nas calçadas tomando refrigerantes e comendo bolo. Não conheci panetone quando criança. Acho que não havia. Entretanto havia Natal e sentiamos um grande contentamento e alegria. Será que estavamos mais próximos da mangedoura do aniversariante ?

Um Feliz Natal e um Feliz Ano Novo. Beijo no coração de todos.

 

R.C. Ferreira.