Vinieron por sus cabecitas

 Houve uma ocasião em que Wanderlei foi em minha companhia numa visita a seu tio João O velhinho tinha a curiosa mania de colecionar uma grande e diversificada variedade de recortes de jornais. Desde esta ocasião fixei em mim a importância de manter a memória de coisas que se afiguravam importantes. O tio João desapareceu, viajou e foi para Israel onde morreu como falou um dia que era seu desejo, mas deixou o embrião de uma idéia importante:preservar para que outros tenham tambem a oportunidade de conhecer.

Afonso era um pesquisador santista, bastante ousado e corajoso, tipo assim um Indiana Jones. Não media esforços oara alcançar os resultados que quería seja andando em escadas de corda sobre abismos ou indo ao encontró de índios.

cabeçasEntretanto o episódio das cabecitas como foi narrado por Wanderlei o abalou muito. Este homem santista se aventurou pelo interior do Equadoronde alcançou a tribo dos jivazos aparentados dos Shwaras tribo selvagem na inóspita região de Guadalquiza. Os Jivazos tem diversas tribos inimigas e seus embates são mortais.

jivarosO rito de encolhimento de cabeças aterrorizou os conquistadores espanhóis que abandonaram  as incursões para procurar os jivaros. Este povo viveu isolado desde aí.

A mórbida prática de caçar-cabeças - a remoção da cabeça de um adversário após este ter sido derrotado e morto em batalha - é uma prática historicamente presente em várias partes do mundo.

Os Shuaras vivem no leste do Equador, no meio das florestas andinas. Também conhecidos na região como caçadores de cabeças. Além de manterem diversos mistérios como, por exemplo, a caverna dos Tayos.

Um padre italiano ficou conhecido no meio do século XX ao ajudar muito os indígenas locais. O Padre Carlos Crespi que ajudou muito os nativos nunca recebendo nada. Os indígenas o presenteavam com estranhas coisas.

Volumes tipo livros com folhas de metal e gravações em língua não identificada e conhecida após vários exames por especialistas Crâneos com formato alongado com típico formato dos encontrados em dinastias egipcias.

Erich Von Däniken, o autor do conhecido livro “Eram os deuses astronautas ?” manifestou-se sobre estes  achados e um pesquisador brasileiro esteve no local tendo sido acompanhado pelo astronauta  Neil Armstrong que se interessava por estes assuntos tambem esteve no local. (na foto Neil Armstrong e Stanlay Hall)

 Muitos povos na antiguidade tinham o costumo de cortar cabeças de seus inimigos, exibindo-as como troféus e amuletos à guiza de cintos e colares para ter sorte e impor temor e respeito. Usavam-se técnicas para reduzi-las a um tamanho munúsculo encolhidas. O ritual era praticado pelos já mencionados Jivaros que habitavam as florestas do Equador e também da Amazônia peruana.

Quando os espanhóis tomaram a maior parte da América do Sul a partir do século XVI, tiveram de enfrentar os Jivaro. Os Jivaro combateram e venceram os espanhóis porque tinham perfeito domínio do terreno e uma intuitiva e natural  prática guerrilheira algo que não era de se Algo que não era de se estranhar no Equador. A selvageria dos índios foi tanta  que "jivaro" significava "selvagem" para os espanhóis.

Isto tudo apesar do ouro existente no território.

Os Jivaro foram os únicos nem toda América do Sul que enfrentaram e expulsaram  os invasores. O preço que pagaram foi o isolamento total até o século XX.

Os guerreiros Jivaros eram experientes decapitadores. Cortavam a cabeça do inimigo, cortando a coluna cervical. O objetivo das guerras era trazer o maior número de cabeças possíveis

As cabeças eram preparadas num ritual da aldeia chamado tsantsa Tudo ea retirado da cabeça, inclusive crânio. Olhos e bôcas costurados tudo era fervido em ervas com tanino e depois cozinhados num forno. As feições eram preservadas e endurecidas como pedra.

Em 1934 Peru e Equador proibiam o comércio de tsantsa. Em 1940, o governo dos Estados Unidos também proibiu as cabeças humanas encolhidas.

Voltando ao explorador Afonso, o amigo de Wanderlei, o fato é que o mesmo esteve num ritual de tsantsa e aqui é que ressaltou ele um ponto curioso e importante.

Durante o ritual uma beberagem era distribuída entre todos. Segundo o que se observou a fruta usada para fazer o chá na cerimônia é a ‘tchonta’ tomada usualmente e é usada para despertar o desdobramento astral. Afonso afirmou ter provado o chá e deixou a aldeia não sem antes carregar de souvenir algumas cabeças reduzidas sem que os nativos dessem conta.

 

Após o regresso nada aconteceu de diferente na vida do carioca. As cabecinhas foram colocadas num aparador junto a estante do pesquizador em meio a vários objetos trazidos de Guadalquiza.

 

Após tres meses numa tarde em que descansava em sua sala, a porta foi martelada por pancadas insistentes. Atendeu a tres indios encorpados e rijos como estátuas de pedra. Apontavam para as cabeças e falavam em tom monocórdio sem parar:buscar las cabecitas.  

 

Permanece antes de tudo e de qualquer coisa o enigma:como os índios conseguiram localizar um homem do qual sabiam só o nome numa cidade onde nunca estiveram como o Rio de Janeiro ? Seria a projeção astral do tsantsa ? Algo que evoca as Portas da Percepção de Huxley.

 

A admiração de Wanderlei por Teillard de Chardin indicava o quanto seu conhecimento e iluminação filosófica sempre se colocou a frente dissociando-se de acontecimentos como os comentados na sua passagem pela Praia das Pérolas.

 

Não foram poucas as vezes as vezes em que discorreu com uma facilidade muitas vezes filosófica e em outras empírica da tríade matéria, energia e espírito sintetizada por  Teillard de Chardin. A obra póstuma de Teillard Chardin “O Fenômeno Humano” que sintetiza seu pensamento  O religioso e cientista coloca o ser humano como produto de uma complexa evolução.

 

Teillard foi filósofo e paleontólogo e conheceu desde cedo a evolução .  O meio cultural e religioso o regeitou e a semelhança de uma inquisição exigiu que abjurasse o livro que foi entendido como reencarnacionista. Teillard o fez, mas prosseguiu na sua pesquisa e o livro só foi publicado após sua morte. O modelo de Chirdin que pressupõe uma “camada mental”, praticamente preconizando o Icloud , a conciliação da matéria e energia, a evolução com o espíólica.rito , a criação traz para a espiritualidade o Princípio da incerteza. Nestes conceitos diziaa Wanderlei Teillard coloca o Genesis como uma obra a ser interpretada o que acabou desagradando ao doutos religiosos da Igreja Católica.

 

Como cientista dizia Wanderlei não havia vomo ignorar a descoberta em 1929 do conhecido ancestral humano Sinanthropus pekinensis ou "Homem de Pequim" a quem se atribui o controle do fogo.

 

 A convivência com Valdo Vieira fui primeiro suscitada pela curiosidade e respeito ao ícone e a celebridade, companheiro e co-autor  na psicografia de 26 livros de André Luiz nos tempos em que conviveu com o medium Chico Xavier. A partir de um encontro na residência de Valdo no Rio de Janeiro esta convivência prolongou-se por mais de cinco anos, mas o rompimento do discípulo Valdo com o mestre Chico foi lamentável e terminou com pesadas acusações públicas lamentáveis de Valdo a Chico e que em nada contribuiram para a doutrina com que Valdo rompeu.

 

As contribuições de Valdo para o desenvolvimento da viagem e da projeção astral foram importantíssimas e independentes de suas posições filosóficas e religiosas. Independente de suas novas idéias inclusiveis contrárias a muitas posições de Kardec não foram motivadas pela vontade e convicção de remunerar o trabalho mediúnico. Contrariamente do que fazem os propagadores de uma psicografia digital, muita vezes com editoras particulares, um verdadeiro império espiritualista. A psicopictografia mediúnica alcança valores assust adores nos leilões de sessões públicas de demonstração sem justificativas aceitáveis.

A sintonia entre Wanderlei e a literatura veio do colegial. Talvez até do ginásio. O prof. Cícero um rígido nordestino não admitia e não compreendia como Wanderlei parafraseava sem a menor dificuldade autores da literatura portuguesa sem a menor dificuldade. Sem um conhecimento e uma leitura realmente não conseguiria disse-me ele certa vez, mas creio que ali havia um pouco de mim apenas. O fato é que o velho Cícero chamou ospais para uma conversa e houve muitas advertências e zeros.

O grande e brilhante literato, filólogo, pianista  e pesquisador que sabia apreciar a literatura filosófica, a ciência física e espiritualista mostrou sempre um enorme valor pela literatura policial, considerada por muitos como sub-literatura