O mistério do Cachorrão
A casa tinha um aspecto novo e moderno, sem nada qe lembrasse algo antigo, histórico daquele século ou do anterior como na avenida dos barões do café. A vizinhança era agradável e surpreendente como a casa que ostentava no terraço transformado m vitrina casacos de pele de corça. A loja da modernidade que produzia filmes, fotografias e video clips e mais adiante o Batalhão da Polícia Militar entocado num quartel.
A casa tinha o formato de um grande U com a abertura voltada para a Avenida. A abertura era um enorme estacionamento o que não a tornava funcional como residência Toda a parte dos fundos era um gigantesco arquivo. Um arquivo em papel comp
osto de milhões de autos de infração e de milhares de pastas de recursos contra estes autos. Tudo armazenado em prateleiras metálicas modulares montadas.
Havia um grande salão de 6 m por 12 m aproximadamente : o fundo do “U”. O arquivo continha outras coisas mais como material de limpeza, geladeira, escrivaninhas, cadeiras velhas quebradas e outras coisas mais. Era conhecido como Cachorrão. Quem me contou sobre a origem do nome foi o Tonhão um antigo , o mais antigo, funcionário. Quando a casa ainda não era da empresa o ambiente ali era um canil onde um enorma cachorro guardava as casas. Entretanto o Tonhão era um gozador e dizia tais coisas , não em momentos de sobriedade.
O Cachorrão foi testemunha de muitos encontros e comemorações e tambem do início de muitos romances. Tambem foi palco de muitas brigas e muitos desafetos e de muitos momentos alegres onde se cantavam canções de Paulo Vanzzolin ao violão nas rodinhas das meninas do serviço de informações.
O crescimento da cidade e da frota toranaram inviavel a manutenção de um arquivo nos moldes do Cachorrão e a transposição dos dados para midias eletrônicas e midias reconhecidas juridicamente como o microfilme desativaram, fragmentaram e converteram toneladas de papel de listagem em tiras que foram vendidas e incrementaram as festas de final do ano. No Cachorrão é claro.
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